quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sobre a capacidade corporal de se tornar sempre novo


Há uma semana e dois dias cortei o dedo. Alguém quebrou um vidro e jogou um caco, de tamanho considerável, no ralo do tanque. Percebi que alguma coisa estava entupindo o ralo, ao tentar retirar cortei o dedo, e ao insistir cortei mais ainda. Quando levantei o dedo não havia me dado conta do corte. Ao ver sangue no chão descobri o incidente. Nunca havia saído tanto sangue de mim, que não estivesse indo para um frasco de coleta. Foram três dias de um curativo enorme, parecendo que havia uma cabeça no meu dedo, no decorrer dos dias um Band-aid foi suficiente. Contudo o que mais me surpreende após um corte é como as peles reconstroem o corte. A fratura já é quase invisível. O corpo se auto-reconstroe. [...]
Pense nisso!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

BoLo




"Amor
humor?"
Vidão
bobão.
Caracol
Cepacol!
Beijo
Queijo.
Te espero na esquina. Não demora, mesmo que a esquina seja na China! Pegue o 485, ele deve te deixar perto.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

celebrities purgatório

Ando pensando na criação do purgatório. Como não pretendo escrever esse texto na voz de Deus isso terá que ser pedido por oração.
Com o advento dos realities shows o número de instantaneous celebrities aumentou de forma extraordinária e irresponsável. Com essa produção em massa, reproduziu-se aos montes revistas e programas de 9ª e especialistas que os discutem, como se debate sobre a “possível” traição de Capitu, e os entendem como seres em crise diante da fragilidade do eu exposto ante toda nação.
E assim, hoje temos um país que adaptou-se as necessidades especiais dessa nova classe de gente que precisa ser tratada como gente grande (?) e importante (?) para continuar a sub-existir.
É claro que com isso tornou-se fundamental a fofocagem generalizada. A investigação desenfreada de todas as vidas alheias. Pelo simples fato de colher e ter informações. As câmeras se super-multiplicação, os walktalks viraram brinquedo de gente grande. Celulares são vendidos a preços de banana, cada qual com seu quinhão de utensílios para investigação: filmadora, retratista, gravadora de áudio, acesso rápido a internet, milhas de memórias para encher. Quando poderia pensar que o kit de investigador da polícia que ganhei do pai iria se tornar no mais luxuoso artefato da era pós-moderna.
Retornando a nossa produção de celebrities, penso que uma camada social foi profundamente atingida com essa pró-criação. Uma camada que, verdade seja dita, por eras afio conseguiu o que ex-bbb nenhum jamais vai conseguir, entrar num livro de história. Sim querida leitora très jolie, nossa política é sem duvida uma incubadora de mega celebridades. Fora o trabalho pouquíssimo exaustivo de cuidar da nossa terra de palmeiras e sabiás eles tem dado realmente provas cabais de seus dotes artísticos. É claro que os mais afortunados que tem o pay per view da politicada podem se deleitar com as peripécias dessa turminha da pesada.
Sobre as mascara que o artista-ator se utiliza para sua interpretação tem seus mais brilhantes alunos em nossa cidade-capital, o maior teatro a céu aberto do mundo, a Brasília do Niemeyer.
Assim, sou eu um espectador em potencial de toda a nação artística brasileira. Com músicos, atores, stand up comedistas, modelos e políticos a disputar o show bis, que mais posso fazer eu além de assistir e acompanhar, cabelos, calças coloridas, meias, cuecas, chapéus, óculos, volumes e muito mais, nisso que se tornou o mega Show de Trumam. Nossa nação, nossa porção, nossa televisão.